TRANSPONDO A MURALHA
Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio
Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforça-te!
Is 41.6 e 7
Em meio a uma grande jornada, quatro caminhantes chegaram a uma muralha que lhes barrava os passos. Um deles resolveu escalá-la. Chegando ao alto, olhou para o outro lado e deu um grito de alegria e saltou. Um segundo, alvoroçado com a reação do primeiro, tratou de subir o mais depressa que pôde ao topo. Olhou, soltou uma exclamação de alegria e pulou. O terceiro, espantado, subiu também . Olhou para o outro lado e fez "Ahhh!" e sumiu. O quarto, sem informação dos companheiros, meditou, subiu calmamente, maravilhou-se com o que viu mas resistiu ao ímpeto de transpor. Voltou, para ensinar aos companheiros que ficaram para atrás acerca do que havia do outro lado daquela barreira...
(Sabedoria Hindu)
Sempre houve realizados: homens e mulheres que atingiram a meta de seus anseios. Mas se todos mergulharem no Divino, quem poderá orientar-nos honestamente na caminhada? Por isso, alguns poucos fazem o sacrifício de voltar, renunciando ao gozo do nível atingido, para sofrer nossas relutâncias e ingratidões. Não é que sejam egoístas os que mergulham no viver espiritual, depois de haverem realizado o aprendizado material. Mas os que retornam e nos suportam, servem duramente e talvez cresçam mais...Talvez até morram como Jesus, que abriu a porta. Ele não voltou. Foi o que veio para abrir o caminho e nos limpar, lavar de todos os pecados e garantir a vida eterna. Aqueles que o seguirem, com certeza alcançarão maravilhas...
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