DEUS É INFINIDADE, É ONIPRESENÇA

 Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio

Mensagem de 22/6/24

    Todos os dias devemos reservar um período em que possamos fechar os olhos e nos voltar para dentro de nós mesmos, convidando Deus a entrar.

    Em sentido metafísico, porém, Deus não entra nem sai, pois não tem natureza material; não pode limitar-se a ficar dentro ou fora de alguma coisa. E já que é Onipresente, isto é, está sempre e ao mesmo tempo do lado de fora e de dentro, acima e abaixo de tudo, porque permeia tudo.

    Portanto, se Deus, como Infinidade, é Onipresença, no momento em que Lhe abrirmos a porta - do coração e da mente- percebemos que sua  Presença e Infinidade inundam nossa consciência e nos elevam ao estado da Graça! A Graça é o poder, a sabedoria e a presença que "excede todo entendimento". A graça de Deus é o que nos confere, como recompensa lhe abrirmos a "porta", a auto realização, seguida de seus frutos.

    Se não negligenciarmos, horas virão em que seremos guiados,intuídos, beneficiados, abençoados. Mas a dedicação a Deus deve ser renovada e realimentada a cada meditação, a cada estudo, a cada leitura da Bíblia. Para isso procurem vivenciar a essência destas palavras:

"Eis que estou à porta e bato... "Abro minha consciência a Deus imortal e infinito. Ele habita em mim e eu nEle. Assim, a Consciência divina me permeia. Minha mente, minhas emoções, meu corpo, meu trabalho, minha casa, minhas recreações, meus relacionamentos, minhas aptidões, são dedicados a Ele. Consagro-lhe tudo o que sou e tenho. Faço-me um instrumento consciente de sua vontade, para que Ele realize em mim parte de seu plano".

    A sincera  consagração aos desígnios  divinos, leva-nos a um estágio mais alto, no qual podemos compreender porque algumas pessoas progridem intensamente em suas atividades espirituais, enquanto outras, não. Por ignorarem a natureza da dedicação, consideram-na uma qualidade humana, uma virtude de sua personalidade. Ufanam-se de serem consideradas pessoas incomuns e dedicadas. A dedicação se converte, pois, em glória pessoal, não uma consagração a Deus. Torna-se uma dedicação  a si mesmo(culto à personalidade), e nada pode acrescentar ao íntimo como crescimento.

    Pela consagração correta, a vida passa a ter um propósito espiritual que inclui o serviço humilde, amoroso e altruísta ao próximo, por amor a Deus, como foi dito: "Em verdade vos digo, o que fizestes a alguns destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes" Mt 25.40

    Não basta sermos bons para os nossos familiares e amigos. Até as pessoas que vivem num nível animal procedem assim. A dedicação a Deus deve transcender a família e alcançar "os menores de meus irmãos" . Não a dedicação pessoal, que é a promoção da personalidade, sob disfarces de altruísmo. E está dito. O resto é para você pensar.