quarta-feira, 30 de abril de 2014

VIRAMOS GOZAÇÃO INTERNACIONAL...

Leiam no link abaixo, as declarações dadas por Lulla e a reação que provocou na Europa...

  
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É de chorar!...

VOLTA LULA!!!!

VAI DEIXAR A FACÇÃO PT COMEMORAR PELA SUA OMISSÃO NOVAMENTE ?
 
 
 
O ATOR MARCELO MADUREIRA (FOTO ABAIXO) PUBLICOU O QUE SE SEGUE SOBRE O LULA
NÃO DEIXEM DE LER  COMPARTILHAR
"Muita gente" está pedindo: VOLTA LULA! (?)
VOLTA LULA! e traga de volta as DUAS REFINARIAS que VOCÊ DOOU para a BOLIVIA!
VOLTA LULA! e traga de volta os 1,2 BILHÕES DE DÓLARES que VOCÊ "EMPRESTOU" para HUGO CHAVEZ!

VOLTA LULA! e traga de volta os BILHÕES DE DÓLARES que VOCÊ MANDOU para CUBA, HAITI E OUTROS, QUE AQUI TAMBÉM TEM CRIANÇAS MORRENDO DE ANEMIA;

VOLTA LULA! e traga de volta os 10,6 BILHÕES DE REAIS que VOCÊ EMPRESTOU para o EIKE BATISTA (SEU TESTA DE FERRO) E QUE AGORA ESTÁ EM SITUAÇÃO PRÉ-FALIMENTAR!

VOLTA LULA! e traga de volta os 25 MILHÕES DE EUROS que VOCÊ LEVOU com a ROSE para PORTUGAL;

Volta Lula, e explica o MENSALÃO, que vc planejou e que tinha o "Quartel General" ao lado da sua sala
...

Volta Lula, e explica o fenômeno "ROSE";

Volta Lula, e explica os 6.000 médicos cubanos;

Volta Lula, e explica a falência do SUS;

Volta Lula e explica onde foi parar a reabilitação da indústria naval brasileira;

Volta Lula e explica os 4,8 bilhões gastos na transposição do Rio São Francisco
onde hoje está tudo abandonado ...

Volta Lula, e explica os 0,20 centavos mais caros do planeta;

Volta Lula e explica os 39 ministérios;

Volta Lula, e explica a falência da Petrobras;

Volta Lula e explica os 20% de inadimplência do programa eleitoral "minha casa minha vida", que os brasileiros que trabalham terão que pagar. Observe também que a taxa de inadimplência de 16% gerou a crise imobiliária de 2007 dos Estados Unidos.

Volta Lula e explica o que aconteceu com o óleo de mamona que ia ser a independência energética do Brasil;

Volta Lula, e explica, o PRE-SAL;

Volta Lula, e explica essa sua criação, o poste "DILMA" que você plantou em Brasilia
...

Volta Lula e explica porque o ministro do supremo Roberto Barroso passou a semana passada (16 a 21/9/013) tentando explicar o contrato milionário que o governo por meio da Eletronorte, concedeu recentemente sem licitação, a seu escritório de advocacia do Rio de Janeiro.

Milhões de Brasileiros estão decepcionados: O LULA ESTÁ MUDO!

Todos sabem que, se o Lula se explicar, O PT E OS ALIADOS SERÃO TRANCAFIADOS!

VOLTA LOGO E VÁ PRA CADEIA TAMBÉM !!!

PEÇO MASSIVA DIVULGAÇÃO !

A COPA COMO INSTRUMENTO POLÍTICO DE UM GOVERNO DESGOVERNADO

A Copa e seu o bode expiatório

Politizou-se o esporte mais popular do mundo, isso no país onde este esporte já é o mais popular, e onde ser populista é pop.

 
 
A Copa e o bode
Coroar o término de uma gestão governamental com a conquista do direito de sediar os maiores eventos esportivos do mundo não poderia ser mais auspicioso. “Só que não!”. Politizou-se o esporte mais popular do mundo, isso no país onde este esporte já é o mais popular, e onde ser populista é pop. Mas, assim como A Lagoa Azul, esse filme já foi assistido a exaustão, a própria história nos mostra que nem só de pão e circo vive o homem.
Foi assim em 70 quando o Brasil foi tri no México e a engenharia política militar fez deste feito esportivo o orgulho de uma nação reprimida. Os peronistas gostaram do que viram e não fizeram por menos em 78 quando o tenso momento político requeria manobras midiáticas, para que os holofotes estivessem voltados em direção aos gramados e o resultado não poderia ser outro se não um título moralmente questionável. A máxima peronista de que a política é um meio e não um fim para o bem estar social revelou-se mutante no momento em que o futebol tornou-se um meio para um fim politico. O futebol também foi utilitarista na França de 2008 onde o governo de Sarkozy estava sofrendo pressão crítico-midiática, envolto a crises e polêmicas sobre diversos esquemas de corrupção, o resultado do embrolho foi tão grande que causou até enjoo no melhor jogador do mundo momentos antes da final, outro efeito colateral foi um povo Francês feliz e orgulhoso fazendo carnaval na Champs-Élysées esquecidos dos problemas como se brasileiros fossem.
As vezes esse tipo de marketing político provoca o feito gol contra, e neste caso, melhor dizer que o tiro saiu em sentido contrário. A referência desta vez é Berlim 1936 onde Goebbels, então ministro da propaganda do Reich arquitetou uma exitosa e suja operação politico-diplomática para sediar os jogos a fim de promover a política nazista. Os alemães sagraram-se grandes campeões nos jogos de verão, mas Jessi Owens tratou de ferir gravemente a moral ariana hitlerista. Seus corações carregados de ufanismo hesitaram quando Owens mostrou a força negra ante uma plateia predominantemente racista e antissemita.
E em 2014? Cenas dos próximos capítulos. Mas o que se pode adiantar é que estão cometendo um crime contra um orgulho nacional. A camisa canarinha acaba perdendo o brilho dourado quando estádios e seus respectivos acessos são o objeto de atenção e preocupação da maioria, e não mais a bola que perpassa os limites do campo e que oportunamente adentra no interior das traves e descansa jubilosa, balançando no fundo da rede.
Fechando a conta e passando a régua, a culpa da excessiva politização do esporte é tanto daqueles que se opõem ao governo, quanto daqueles que são a favor, e no final das contas que nunca batem, o bode expiatório acaba sendo o Futebol, e no final das contas superfaturadas, o povo quem paga a conta e ainda é tachado de ignóbil por minorias influentes, numa demonstração clara de arrogância e desconhecimento proposital do que vem a ser uma democracia. A Copa do mundo tinha tudo pra ser um sucesso politico-administrativo e talvez esportivo, como geralmente é em países onde esporte, política e gestão são levados a sério, mas que nunca se misturam em detrimento de interesses tão mesquinhos.


Fonte: JusBrasil

BANANA PARA O RACISMO

Banana para o racismo
 
A inesperada reação do jogador Daniel Alves diante de mais uma inescrupulosa ofensa racista no mundo futebolístico surpreendeu e repercutiu no mundo todo. Todo racismo constitui uma imbecilidade porque, desde logo, traz consigo um deplorável fundamentalismo, ancorado na suposição de uma superioridade individual sobre o seu semelhante. Nosso genial Lima Barreto (1881-1922), filho de escravos, escreveu: “A capacidade mental dos negros é discutida a priori e a dos brancos, a posteriori” (Contos Completos, Companhia das Letras, 2010, p. 602).
Só existe racismo porque algumas condutas irracionais contam com solidariedade grupal. Nada que um bom ensino de ética não possa mudar. Educação (disse o próprio Daniel Alves). O racismo nada mais é que uma manifestação de um preconceito, que é uma valoração desfavorável frente a alguma pessoa, que se caracteriza pela emocionalidade baseada em crenças, julgamentos ou generalizações sobre indivíduos ou grupos (veja Luís Mir, Guerra civil). Do preconceito se passa para a discriminação (ato que exterioriza um preconceito) e essa discriminação muitas vezes possui motivo racista.
O racista é um alienado porque ostensivamente discrimina outra pessoa, julgando-a gratuitamente uma inimiga, não por razões racionais, sim, em virtude de uma dinâmica social incivilizada. O racismo, tanto quanto o bullying, desapareceria da face da terra, se não tivesse o apoio social de setores da sociedade. O mais deplorável nele é o fato de o racista desumanizar a sua vítima, ou seja, julgá-la desumana ou sub-humana. Quando alguém é desumanizado por um indivíduo ou um grupo, a aberrante ofensa se torna absurdamente palatável no meio em que ele vive, ficando muitas vezes imune às repreensões morais, porque (consoante as convicções racistas) não se sancionam os ataques contra os inválidos, os inferiores, contra os desprezados, os discriminados.
Enquanto uma parcela das sociedades continuar aceitando a animalização ou desumanização dos semelhantes, não vamos nunca sair do grande meio-dia de Nietzsche, ou seja, não vamos nunca evoluir e aceitar que todas as populações saíram da África (e que a pele branca não tem mais do que 10 ou 15 mil anos, que não são nada nesse transcurso do processo evolutivo darwiniano, que já conta com mais de 7 milhões de anos). Os discriminadores e xenófobos são, assim, bípedes ignorantes e incultos, que perambulam pela terra sem nenhuma noção do que é a ciência e a história. Sua estupidez somente não é maior que sua ignorância e sua irresponsabilidade intelectual e social. Uma banana, portanto, para o racismo e para os racistas!

Luiz Flávio Gomes
Publicado por Luiz Flávio Gomes

terça-feira, 29 de abril de 2014

FALIMOS??? LAMENTÁVEL...

Aos meus amigos
 
O problema, da maneira que eu vejo, é que esta é uma falência consentida pelo povo.  A maioria dos brasileiros gosta dessa bagunça, desse "jeitinho brasileiro", dessa corrupção desenfreada, de ser o "mais ixperto" e furar a fila, arrumar um emprego por indicação de um amigo, ou estacionar onde quer, "dando uma cervejinha pro guarda".  Gosta dessa "liberdade"....
 
Vamos e venhamos, trabalho honesto exige fazer força, ter paciência na fila porque o cidadão à frente está demorando, não ter que estudar para fazer um concurso, dar uma volta no quarteirão procurando a vaga para o carro.  E quanto mais aumentar a população do Brasil, mais será necessário se auto-conter, ter esta educação básica que permite viver em sociedade sem nos matarmos uns aos outros.
 
Só uma pequena parte da sociedade tem uma compreensão das atitudes necessárias para se manter uma sociedade sadia e progredindo. E esses estão totalmente sem voz, afogados no mar de ignorância que tomou conta do país. 
 
Todo brasileiro de menos educação, que vem para a Europa, fica louco aqui, e quer logo voltar, dizendo que não se sente bem, porque tudo aqui é muito organizado, muito cheio de regras e limitações (leia-se leis e regras de boa educação que no Brasil, ou não existem, ou não são observadas), que se sente sufocado.  É curioso ver como a falta de respeito pelo próximo é confundida com liberdade.  Ninguém parece compreender que Liberdade é um exercício diário de auto-limitação, para não infringir as liberdades do próximo. E auto-limitação é coisa que o brasileiro não gosta.  Ele quer, por exemplo, ouvir seu pagode no volume máximo, sem se importar com os vizinhos. Para a sociedade sobreviver, é necessário nos ajudarmos mutuamente em tudo, das pequenas às grandes coisas.  Dar passagem no trânsito, esperar sua vez na fila, dar passagem aos mais velhos, etc..
 
E quanto mais baixo o nível social e educacional, pior é esta situação.   Como as classes mais baixas são as que mais crescem, em termos de população, a tendência é piorar, com uma explosão de competição pelo espaço vital, principalmente nas grandes cidades.
 
É um problema social e cultural sério, que exigiria muita educação, mas que, infelizmente, nem os pais, nem o Governo, estão proporcionando às novas gerações. 
 
Quem seria capaz de dar esta direção e educação ao povo ? 
 
Os políticos? Eles são uma perfeita amostragem do povo, de modo que deles não virá nada diferente. 
 
Os intelectuais?  Uma parte deles, os pseudo-intelectuais ou os "intelectuais orgânicos" estão cegos e obcecados pelas ideologias de esquerda, achando que esta situação é uma "evolução". Aqueles poucos que se opõem a esta situação são taxados de "reacionários", "filhotes da ditadura" e outros nomes menos elogiosos. 
 
As elites?  Estas já desistiram do povo que elege esses mesmos políticos e estão preocupadas apenas com ganhar seu dinheiro.  E como estão ganhando....
 
Some-se a isto a ideologia do PT, que exige o aparelhamento da administração, para se manter no poder, e a destruição da democracia, para "construir um mundo melhor" e temos todos os ingredientes para o desastre.  
 
Com a explosão demográfica das cidades do país, e esta atitude social, cultural e política, vai haver uma guerra civil (se é que JÁ NÃO COMEÇOU e as pessoas, ou não se dão conta, ou fingem que não vêem...), onde muita gente vai morrer e muita gente vai passar fome, inclusive as classes mais altas.  E parece que só dessa forma, se conseguirá educar o brasileiro.  Levará, como na China, uns cem anos de sofrimento e mortes, para voltar ao mesmo lugar de onde saíram e começar de novo a evoluir.
 
Iinfelizmente, "A DIFERENÇA ENTRE O INTELIGENTE E O BURRO, É QUE O INTELIGENTE APRENDE COM OS ERROS DOS OUTROS"..... 
 
E o brasileiro médio é burro, e da pior espécie:  aquela que acha que é inteligente e o importante é ser "ixperto".
 
 
 
F A L I M O S ? 
 
 
Estou na metade da leitura do livro
do Tuma Júnior e o que já li foi suficiente
para tirar algumas conclusões.
A primeira delas
é a de  que o silêncio dos acusados
é uma confissão de que as acusações do autor do livro estão corretas, pois caso contrário
uma enxurrada de processos já estaria desabando em suas costas.
Homens de bem quando acusados injustamente reagem à altura.
Quem cala, consente.
A segunda
e a mais chocante é a de que não existe mais no Brasil nenhuma instituição de salvaguarda da honra do país como nação que não esteja totalmente apodrecida, vendida, prostituida ou amedrontada, caso contrário os acusados já estariam presos e o Tuma Júnior obrigado a apresentar as provas de suas acusações sob pena de ser processado e preso.
 
Nada escapa desse mar de lama
em que jogaram o país,
nada mesmo incluindo-se o povo.
 
O Brasil perdeu totalmente
a honra e o senso de decência.
Está como um bêbado trôpego
sem noção de que caminho seguir.
 
Um país pode se recuperar
de uma recessão econômica,
de um desastre natural,
mas é dificílimo escapar de uma
decadência moral como a
que se verifica atualmente.
 
Principalmente tendo uma população em sua maioria inculta e extremamente ignorante.
 
Neste caso,
a decadência moral leva
à decadência econômica e
a seguir a uma tragédia
de consequências imprevisíveis.
 
Nenhum dos pilares da república
está mais de pé, todos afundaram
no lamaçal da corrupção ou
no engodo da ideologia falida
e ultrapassada do esquerdismo.
 
Diante de tão grave quadro,
nenhuma voz se levanta
para dar um basta a tanto descalabro.
Nem o congresso nacional,
nem o poder judiciário, nem a chamada "sociedade organizada", nada!
 
Todos de bico calado
como se nada estivesse acontecendo.
 
Essa quadrilha do PT
já cometeu tantos crimes que
o seu registro já deveria ter sido cassado
e a sigla extinta como partido político.
 
E os seus membros que ocuparam ou ocupam cargos de comando, a começar pelo sinistro Luís Inácio da Silva, deveriam ser processados por gestão temerária, corrupção, traição à pátria e tantos outros crimes cometidos.
 
Mas nenhuma voz se levanta num silêncio sepulcral como se estivessem todos mortos.
 
"O MUNDO ESTARIA A SALVO
SE OS HOMENS DE BEM TIVESSEM
A MESMA OUSADIA DOS "CANALHAS".
Romulo Nogueira


Fonte: Jair Duarte - Cascavel (Pr)   -   Senior Brazil Rider's

SOMOS TODOS OTÁRIOS...E DE CARTEIRINHA!

Ouça com atenção, a despeito dos palavrões e ilustrações de mau gosto inseridas no texto, como o Governo, o Ministério da Fazenda e as indústrias, nos fazem de otários rematados. Acesse o link "O canal do otário", reproduzido logo abaixo, e inteire-se de como não passamos de meros joguetes nas mãos desse esquema sórdido de exploração do povo brasileiro.


https://www.youtube.com/watch?v=ifp3L0xYmF4



Se depois disso, você ainda estiver querendo comprar um Gol, é melhor sua família começar a procurar vaga numa instituição para destrambelhados...

Miséria e excesso de poder


Os modelos econômicos que não se identificam com o respeito à dignidade humana (esse é o caso do comunismo assim como do capitalismo selvagem e/ou extremamente desigual) nem tampouco com as garantias constitucionais dos direitos humanos ou mesmo com as suas liberdades essenciais (liberdade política e igualdades de oportunidades para todos, que poderão crescer depois disso conforme o seu mérito) não passam de um sofisma, uma forma de alienação do humano pela política, porém, pior que pela religião, já que um ditador de carne e osso ou um privilegiado capitalista selvagem é mais onipotente e tirânico que o pior de todos os deuses (veja Guillén: 1990, p. 11).
Nos países vergonhosamente desiguais (assim são o comunismo e o capitalismo selvagem e/ou extremamente injusto), onde a maior parte das leis “não são mais que privilégios, isto é, um tributo que pagam todos para a comodidade de alguns” (Beccaria), comumente se somam as duas grandes heranças históricas da humanidade: a miséria (o sofrimento, a fome, a angústia da vida diária) e o excesso de poder (do estado autoritário, do estado policialesco, das classes dominantes etc.). Nisso reside boa parte do conteúdo do (ainda vago) conceito de brasilianização, que transmite a ideia não só de um processo feroz de acumulação de capital e de violência massiva, como também de uma massa imensa de miseráveis, entendendo-se por miseráveis não apenas os que não ganham rendimentos (porque não estão trabalhando) senão também os que estão no mercado de trabalho de forma precária (ou seja: trabalham, mas não são reconhecidos em sua dignidade).
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), “em 2011 mais de 40 milhões de trabalhadores – entre assalariados sem carteira, empregados domésticos e aqueles que trabalham por conta própria – estavam no mercado de trabalho em postos com baixa remuneração e sem cobertura da Previdência Social, isso sem contar os ocupados na produção/construção para o próprio consumo/uso e os não remunerados” (veja Ganz Lúcio, Jager e Melo, Le Monde Diplomatic Brasil, abril 2014, p. 15). No Brasil também é muito alta a taxa de rotatividade: “De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), havia no país 47,5 milhões de empregos formais em 2012, a maior parte deles sem exigência de qualificação mais elevada; além disso, 72,9% dos empregados formais recebiam até três salários mínimos (mais da metade, até dois) (…) A Rais revela ainda que, em 2012, foram admitidos 27 milhões de trabalhadores e desligados 25,9 milhões. O saldo positivo de 1,1 milhão significa que, para cada emprego novo criado e remanescente ao final do ano, foram realizadas pouco mais de 23 admissões. Os números de 2012 não são exceção e mostram a enorme flexibilidade para contratar e desligar um funcionário” (veja Ganz Lúcio, Jager e Melo, Le Monde Diplomatic Brasil, abril 2014, p. 15). A maioria ou, pelo menos, grande parte dos trabalhadores brasileiros (1) ganha baixa remuneração, (2) não conta com a Previdência Social, (3) se sujeita a uma alta rotatividade no emprego e (4) não conta com qualificação mais elevada. Isso corresponde ao que chamam de precarização.
Nos países comunistas e de capitalismo selvagem e/ou extremamente desiguais, os dois males da humanidade (miséria e excesso de poder) estão involucrados (envolvidos) nas relações de poder de classe. Foucault (2012, p. 69), exemplificando os dois males, recorda que “as duas heranças negras [do século XX] foram o fascismo e o stalinismo. O século XIX se deparou, como problema fundamental, com a miséria, a exploração econômica, a formação de uma riqueza, a do capital baseado na miséria daqueles que produziam a riqueza; já no século XX eclodiram regimes ora capitalistas, como sucedia com o fascismo, ora socialistas, como se dava com o stalinismo [ora racista, como seu com o nazismo de Hitler], nos quais o excesso de poder do aparato do Estado, da burocracia, dos indivíduos uns sobre os outros, constituía algo absolutamente repelente, tão repelente como a miséria no século XIX. Os campos de concentração foram para o século XX o que as famosas cidades obreiras, a mortalidade obreira, foram para Marx e seus contemporâneos”.
Costuma-se afirmar que os excessos de poder, que culminam quase que invariavelmente numa violência, somente acontecem por falta de racionalidade. Foucault (2012, p. 19-20) discorda dessa tese e, ao contestá-la, assevera precisamente o contrário, ou seja, “Existe uma lógica nas instituições, na conduta dos indivíduos e nas relações políticas. Há uma racionalidade mesmo nas formas mais violentas. Na violência, o mais perigoso é sua racionalidade. Certo, a violência em si mesma já é muito terrível. Porém a violência encontra sua ancoragem mais profunda e sua forma permanente na racionalidade que nós utilizamos. Afirma-se que se vivêssemos em um mundo racional, poderíamos nos livrar da violência. Isso é completamente falso. Entre a violência e a racionalidade não existe incompatibilidade”.

Luiz Flávio Gomes
Publicado por Luiz Flávio Gomes

INSTITUCIONALIZADA INTIMIDAÇÃO PARA ELEIÇÃO DE 2014!!!

No contexto da minirreforma eleitoral, em 11 de dezembro de 2013, foi editada a Lei 12.891, alterando dispositivos da Lei 9.504/1997, que estabelece normas para as eleições.
 
O que mais chamou atenção foi a introdução de novos dispositivos ao artigo 57 da lei, que trata de propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
Imagem do TSE
Foi introduzido o art. 57-H criminalizando “a contratação direta ou indireta de grupo de pessoas com a finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, partido ou coligação”. E as penas são duras: detenção de 2a 4anos e multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil reais.
A lei pune não só o contratante, mas também o profissional contratado para atuar na internet, ainda que as penas sejam menores: detenção de 6meses a 1 ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil.
Os primeiros impasses que se apresentam para o cumprimento desta lei são: o que será considerado contratação direta e indireta; como será feita a prova de que alguém tenha sido contratado específica e exclusivamente para se manifestar na internet contra um determinado candidato, partido ou coligação.
A despeito de ser mesmo importante que as leis eleitorais contemplem o que acontece na internet, fiquei tomada pela forte sensação de que se trata de uma tentativa de institucionalizar a intimidação.
Vejam que “ofender a honra ou denegrir a imagem” são expressões bastante subjetivas, além de a lei não ter feito ressalvas no sentido de descaracterizar o crime quando o fato publicado corresponder à verdade.
As figuras introduzidas com essa nova lei são bem distintas da calúnia e da difamação, que já estão previstas no Código Penal
 
. Calúnia é quando se imputa a alguém FALSAMENTE a prática de um crime; difamação é imputar fato ofensivo à reputação e, nos dois casos se admite a exceção da verdade; o que significa que, se os fatos publicados forem verdadeiros o crime não se configura.

Já no caso da injúria, que consiste em ofender a dignidade ou o decoro de alguém, a pena é bem mais branda – 6 meses a um ano, sendo que não cabe exceção da verdade, pois nestes casos não se atribui um fato a alguém, mas apenas se profere uma ofensa.
Então, o que preocupa no caso da nova lei é a possibilidade de um certo político poder se sentir ofendido na honra ou com a imagem abalada por conta da publicação na internet de artigo, coluna jornalística ou qualquer outro tipo de manifestação publicada na internet que comente fatos reais, venha a processar empresas de assessoria de imprensa ou jornalistas.
Um exemplo bem recente é o do Senador Aécio Neves, que moveu ação contra o Google, o Yahoo e o Bing, pedindo a remoção de links e perfis que fazem referência a desvio de dinheiro quando era governador de Minas Gerais e a uso de entorpecentes. O pedido de liminar foi negado em primeira e segunda instância, mas ainda não há decisão final neste caso.
Porém, resta saber se, com base nessa nova lei, políticos que se sintam ofendidos por serem veiculadas notícias verdadeiras a respeito de fatos reais vão se valer dela para criminalizar a atividade jornalística.
Imagem do TSE
As vias abertas com essa nova lei colidem com direitos constitucionais fundamentais, como a liberdade de expressão e de comunicação social.
Nossa Constituição,  que não por acaso é chamada de cidadã, determina que a “manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”. E diz mais: que “nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social”, desde que não haja abuso de direito e que se respeite a privacidade e a imagem das pessoas, resguardado o direito de indenização daquele que for injustamente ofendido.
Evidente, portanto, que essa lei vem na contramão da ampliação da informação e transparência, fatores fundamentais para a democracia e importantes para que o eleitor possa se posicionar e votar com consistência.
Afinal, estamos falando de homens e mulheres que pretendem ocupar cargos públicos, de modo que não deveriam ter o que esconder! Ou não?

Fonte: JusBrasil

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vivemos numa sociedade onde os governantes não tem noção do que seja moral e ética

 

EU APOIO AUXÌLIO-PRESIDIÁRIO. VEJAM ABAIXO MINHA PROPOSTA

Que um presidiário ganhe um auxílio financeiro maior que o salário de um professor do ensino médio, já é uma barbaridade! Mas que receba esse auxílio para ficar o dia inteiro sem fazer nada, morando, comendo e se vestindo às nossas custas, é uma aberração!!!Por essa razão, resolvi propor um auxílio-presidiário, de forma que o tempo dele seja preenchido com algo produtivo e não em aprender novas técnicas na "Universidade do Crime". Abaixo, minha ideia. Quem gostar deve saber que defendo apenas um salário mínimo para aqueles que encararem a lida. Aos vagabundos, NADA! E ainda acho que daqueles que nada fazem, apenas passam a vida em brancas nuvens, em nossos presídios, deveria ser cobrada uma diária, tal como acontece  na Alemanha e a Suécia. Afinal, se o cara escolheu ser bandido, é uma opção pessoal dele e não da sociedade. Então, ele que arque com os custos dela. Nada mais justo!


sexta-feira, 25 de abril de 2014

O MARCO CIVIL DA INTERNET E O MEDO DO FUTURO

Aldous Huxley já dizia que os fatos não deixam de existir somente porque são ignorados. O Projeto de Lei conhecido como Marco Civil da Internet foi sancionado e a repercussão tem sido ínfima, sobretudo se comparado às consequências que pode gerar para os rumos do país.
Esse visa estabelecer princípios, garantias, direitos e deveres acerca do uso da internet no Brasil. Todavia, o mesmo pode expressar um retrocesso, tanto econômico quanto no que se refere à liberdade.
Isso ocorre porque a internet trata-se de um ambiente cuja liberdade propiciou crescimento da rede com dinamismo. Os agentes econômicos, perante um mercado atraente, atuaram livremente, permitindo a expansão do serviço. O controle se dava pela própria competição entre os servidores, por conseguinte. A aclamada neutralidade da rede - que acarreta a proibição de diferenciação de fluxos - acabará com essa autonomia, perdendo-se flexibilidade no estabelecimento de novos modelos de negócios. A partir da regulação do setor há a tendência de diminuição do grau dessa concorrência e dificuldades de ingresso de novos players no mercado. Logo, os usuários - em longo prazo - poderão ser prejudicados com a estagnação do desenvolvimento da rede.
Insta ressaltar que essa regulamentação ocorre em países como China, Coréia do Norte e Cuba, diferente de países considerados mais democráticos, que deixam a internet fora do campo de regulação estatal.
Outro fator temerário do Marco Civil é tocante à possibilidade de controlar o fluxo de informações na internet por intermédio de decreto presidencial, conforme o art. 9º. Ou seja, isso não depende de aprovação do poder legislativo, trata-se de uma determinação tão exclusivamente do executivo.
A lei, ademais, observa que a internet é uma ferramenta de interesse social, um termo subjetivo que pode ser conveniente. Em um momento de crise política, por exemplo, pode-se considerar que seja de interesse social que determinado portal de notícias tenha restrições a seu acesso com a alegação que o mesmo supostamente pública fatos não verdadeiros, causando agitação social gratuita.
É relevante destacar que a democracia bolivariana é extremamente opressora, haja vista a Lei de Controle da Mídia vigente na Venezuela e Argentina. A aprovação do Marco Civil pode significar um primeiro passo antes de avançar para a regulamentação de outros setores de informação no Brasil, como o televisivo.
Por fim, os representantes do povo, de forma legítima, buscam com o Marco Civil defender os usuários, estabelecendo uma suposta segurança cujos efeitos são desconhecidos. Entrementes, em detrimento a uma liberdade conhecida. Portanto, a vitória da democracia pode significar a derrota da liberdade.

Fonte: JusBrasil

quinta-feira, 24 de abril de 2014

GOVERNO HOLANDÊS VAI COBRAR DIÁRIA DE PRESOS


 
O Governo holandês decidiu adotar a mesma política da Dinamarca e Alemanha e impor a seus presidiários o pagamento de 16 euros (50 reais) por dia por ficarem atrás das grades. O projeto de lei deriva dos acordos pactuados pela atual coalizão no poder, formada por liberais de direita e social-democratas, e busca duas coisas: obrigar o criminoso a assumir o custo de seus atos e poupar, concretamente, 65 milhões de euros (205 milhões de reais) em despesas judiciais e policiais.
Na Holanda existem 29 presídios, sendo que deste total 8 foram fechados por falta de presos. O Governo holandês diz que o detento é parte integrante da sociedade e se comete um delito tem obrigação de contribuir com os gastos inerentes.
País sério age assim!!!No Brasil é totalmente o contrário, nós pagamos para aqueles que nos atemorizam, roubam e estupram. 0 detento raramente trabalha e sua família ainda recebe do Governo Federal uma ajuda de custo superior ao salário mínimo, ou seja 982 reais...Pode???

COM POLÍCIA SEM CARRO, JUIZ SUGERE TRANSPORTAR PRESO EM "LOMBO DE BURRO"

TINHA QUE SER NO MARANHÃO!!!
 
O juiz Celso Serafim Júnior foi obrigado a suspender uma audiência porque o acusado não compareceu ao Fórum de Mirinzal (418 km de São Luís), na última quarta-feira (9). Como está detido, ele precisava ser transportado pela polícia, que não tinha carro. No mesmo dia, diante de todos as pessoas que foram ao local e iriam participar da audiência, Serafim Júnior marcou uma nova audiência, para o dia 21 de maio, mas mandou um recado às polícias no município: "Saliento que na impossibilidade de haver viatura deverá a autoridade policial trazer o acusado em lombo de burro, carro de boi, charrete ou táxi".
Reprodução

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Rolezinho do sexo choca população. Por quê?

O que nos choca? O fato de um rolezinho ter sido programado para o sexo e consumo de drogas? Deixemos de ser hipócritas e assumamos nossas culpas, omissão e falta de capacidade para criar filhos.



Um grupo de adolescentes resolveu marcar um rolezinho diferente. Em vez de ir ao shopping ostentar roupas de marca e ouvir funk, eles querem ir a um parque fazer sexo e usar drogas. Se quando eles tentaram fazer parte da sociedade de consumo, os adultos já ficaram incomodados, imagina como estão se sentindo agora que o que eles querem mesmo é fazer parte de algo que não tem ligação nenhuma com a sociedade. Por que é que isso choca tanto os adultos?
Adolescentes são impulsivos e vivem em um mundo fechado. Aqui ou em qualquer lugar do mundo. É como se, pela primeira vez, os adultos olhassem por uma frestinha de porta aberta para essa realidade. Mas, espera aí, esses jovens não foram criados por lobos e jogados só agora no nosso mundo. A realidade dos adolescentes é só uma réplica do mundo dos adultos. Eles foram criados e ensinados por adultos. E talvez seja isso o que mais choca: nossa incompetência.
A culpa de tudo isso não é das letras dos funks, nem da TV que mostra absurdos. É desses mesmos adultos que estão chocados. É dos pais que não conversam com os filhos sobre sexo. Das religiões que preferem tornar o assunto algo proibido a sentar com adolescentes e tirar suas dúvidas, explicar consequências físicas – não, eles não têm medo de ir para o inferno.
Adolescentes foram crianças que tinham a TV como babá, com pais muito ocupados tentando sobreviver. Foram criados ouvindo absurdos entre os adultos, passaram pela sexualização precoce que nossa sociedade parece ignorar e então seus hormônios começaram a agir. Eles têm tesão e isso não é culpa deles. A questão é que eles não sabem bem o que fazer com esse tesão e acreditam que a única forma de lidar com isso é seguindo os desejos. Essa é uma geração que foi ensinada que merece ser feliz, a qualquer custo. E eles estão seguindo esse ensinamento.
Todos nós fomos adolescentes e fizemos algumas escolhas erradas. Nada que acabasse com as nossas vidas, mas fizemos. E sobrevivemos, estamos aqui e, ao olhar para o passado, notamos como isso nos moldou. Todos passaram e passarão por isso, não adianta tentar mudar o fluxo das coisas. As descobertas são parte da vida. E não é como se fosse a primeira vez que um grupo de jovens reverencia sexo livre e drogas, basta lembrar dos anos 70 e fins da década de 60. O festival de Woodstock é um bom exemplo de um evento onde cada um consumia o que queria e transava com quem permitia.
O rolezinho do sexo não choca pelas drogas. Ninguém é cínico o suficiente para dizer que não sabia que esses jovens usam drogas. O rolezinho choca porque adolescentes estão lidando com o sexo de forma leviana para os padrões dos adultos. Eles estão tornando o sexo algo simplesmente físico e isso choca – e já chocava quando eu era adolescente e vai chocar quando meus filhos forem adolescentes.
A sociedade deveria ficar chocada, na verdade, com a falta de atenção que esses adolescentes recebem, com a TV sendo usada como babá, com os pais que não conversam sobre sexo com os filhos, com as religiões que reprimem e calam, com a nossa sociedade que sexualiza mulheres em todas as idades, com os padrões de beleza e sucesso que nos são impostos – sim, o sexo é um valor ligado ao sucesso. No fundo, as pessoas não estão chocadas com o sexo, mas com sua incapacidade de controlar esses adolescentes.
A juventude não está perdida, ela só está testando limites. Perdida mesmo, nesse momento, está a sociedade dos adultos.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

STF VAI JULGAR LADRÃO DE DUAS GALINHAS!!!!!!!


Está absolutamente falido o modelo de Justiça criminal...

 
  
Quando a subtração de uma galinha e de um galo (valor de R$ 40,00), que foram devolvidos ao dono, se torna um processo relevante para a Justiça, desde a primeira instância (São João Nepomuceno-MG) até chegar ao STF, passando pelo TJMG assim como pelo STJ, ela emite mais um sinal inequívoco do seu degradado estado terminal, em razão da sua avançada degeneração moral e ética, geradora de embotamento mental assim como a perda da sensibilidade típica dos humanos. É a barbárie vencendo novamente a esperança iluminista de progresso e civilização, em virtude do uso da razão.
Está absolutamente falido o modelo de Justiça criminal, cruel e brutalmente injusto, desenhado no final do século XVIII pela burguesia ascendente, para a proteção dos seus interesses. Nos países em que essa Justiça desumanizada se atrelou ao capitalismo selvagem (caso do Brasil), que não tem nada a ver com o capitalismo "escandinavizado" evoluído, distributivo e tendencialmente civilizado, praticado na Dinamarca, Suécia, Holanda, Suíça, Bélgica, Nova Zelândia etc., tornou-se imensa sua brutalidade anticivilizatória.
Não é preciso ser jurista nem juiz para se saber, conforme as regras intuitivas do bom senso comum de qualquer pessoa do povo, que ninguém apoia a subtração do que quer que seja, independentemente do seu valor intrínseco; ao mesmo tempo, que é um absurdo incomensurável instaurar um processo criminal e movimentar toda máquina judiciária (até chegar à Máxima Corte) pela subtração de uma galinha e um galo.
Essa subtração constitui um fato atípico (atipicidade material, conforme o ministro Celso de Mello - HC 84.412-SP). Logo, não há que se falar em crime. Sem crime não pode haver processo. Algo que nunca deveria ter sido iniciado acaba de chegar ao STF (e o ministro Fux não deu liminar para encerrar o caso de uma vez por todas). Vamos acompanhar atentamente pela TV Justiça a sessão do STF que vai debater e julgar a acusação do furto de uma galinha e um galo, cometido por um jovem de 25 anos.
O novo modelo de sociedade e de Justiça ("escandinavizado") ainda não nasceu e o velho modelo degenerado (do capitalismo selvagem brasilianizado) ainda não morreu. Apresenta sinais evidentes do seu esgotamento terminal. Mas a desgraça é que nunca podemos esperar nada desta fase "do fim do mundo", onde tudo só tende a piorar (o modelo de Justiça que praticamos ainda vai vitimizar milhões de pessoas, até seu sepultamento final, que vai ocorrer por consenso ou, desgraçadamente, por uma nova Queda da Bastilha de 14 de julho).

Luiz Flávio Gomes
Publicado por Luiz Flávio Gomes

"PIBINHO" ECONÔMICO VERSUS "PIBÃO" DA VIOLÊNCIA


Por que sociedades como a brasileira são extremamente violentas? Os fatores que concorreram (ou concorrem) para o nosso Produto Interno Bruto de Violência (PIB-V) são inúmeros: nossa história colonialista sanguinária, a mais longa escravidão do Ocidente, a tortura impregnada na nossa alma (como afirma Darcy Ribeiro), o modelo de política criminal violento aqui implantado pelo capitalismo selvagem – que não tem nada a ver com o capitalismo civilizado dos países “escandinavizados”: Dinamarca, Suécia, Islândia, Holanda etc. -, a desigualdade, a ignorância, o valor diminuto que damos à vida etc. “Brasilianização” é o nome que se dá para esse tortuoso processo de socialização que elegemos para nossa (de) formação cultural.
Fruto dessa selvageria é o volume hecatômbico de violência (quase sempre invisível) que se produz dentro dos presídios brasileiros, que brutalizam os presos estratosfericamente, antes de devolvê-los para a sociedade. Não temos programas preventivos da violência, as vítimas não recebem nenhum tipo de proteção efetiva do Estado e ainda acabam se deparando com ex-presos intensivamente brutalizados por alguns agentes públicos que, embora pagos com dinheiro do povo, terminam por contribuir para o incremento da violência.
De acordo com os relatórios (de 2012/2013) da ouvidoria Depen sobre maus tratos e tortura, em Tocantins, há a cela de castigo “SE 207”, que nunca foi vista pelos juízes ou promotores ou corregedores; presos com várias marcas de tiro de bala de borracha e outras lesões no corpo; alguns se ajoelham em cacos de vidro de lâmpada fluorescente; outros são algemados e arrastados no chão. No Distrito Federal os presos relataram agressões e ameaças que sofrem dos agentes penitenciários; estes utilizam gás de pimenta nas celas; agressão por parte dos agentes penitenciários (tiros de borracha dentro da cela; o plantão joga gás); a visita é humilhada, falta de atendimento médico e de remédio, a direção não deixa o familiar levar remédio, o profissional de saúde não pode entrar na cela etc.
Paraíba: os presos sofrem torturas físicas e, após torturados, são levados pelos agentes ao local do isolamento para lá permanecerem até que os hematomas desapareçam; porque alguns presos cantavam foram parar no isolamento chamado “Chapa” e lá ficaram por cinco dias sem água, sem tomar banho e só saíram porque fizeram uma greve de fome; o local deste isolamento era imundo, cheio de “tapurus”, tantas larvas ali havia que eles podiam encher as mãos. Alagoas: os presos são submetidos a sessões de tortura e maus tratos ao chegarem na Casa de Detenção; até mesmo alguns presos participam dessas torturas. Espírito Santo: a prática de torturas, por parte de agentes penitenciários, é constante; as imagens gravadas são repugnantes e foram mostradas pelas emissoras de televisão. Em mais de 40 minutos de vídeos divulgados pelo Tribunal de Justiça diversos detentos são colocados em filas, ficam nus, realizam exercícios físicos solicitados por agentes, incluindo agachamentos. Os agentes intimidam os presos durante as ações com xingamentos e palavras de ordem. “Vocês vão ficar aí até atingirem a perfeição desse procedimento”; o desembargador William Silva afirmou que a tortura é psicológica. Rondônia: efetuam disparos de arma de fogo em local que só seria possível a utilização de munição não letal…
Na economia não conseguimos fazer mais do que um “pibinho” anual; em contrapartida, sabemos muito bem (por força do nosso DNA) como elevar nosso “pibão” da violência (e praticamente tudo com a mais absoluta segurança da impunidade e complacência da Justiça, das autoridades governamentais, dos donos do país, de boa parcela da população assim como de amplos setores da mídia). O “pibão” da violência (PIB-V) aumenta (neste momento) na razão direta em que decresce o “pibinho” econômico.
Luiz Flávio Gomes
Publicado por Luiz Flávio Gomes

terça-feira, 15 de abril de 2014

VEREADORES DE APORÁ MODIFiCAM CONSTITUIÇÃO FEDERAL ATRAVÉS DE LEI MUNICIPAL

Lei do município de Aporá altera o artigo 29 da Constituição!

A pérola está na Lei 45/2011 do município de Aporá. 

     Vivemos realmente no País das Maravilhas. Um local, onde cada um, visando o próprio bem, "adapta" as coisas da melhor maneira. Mas nessa linha de ação o município de Aporá, na Bahia, levou o troféu! Troféu de Burrice Expressa, de desconhecimento constitucional, cominado com troféu de proveito próprio. 
Lei do municpio de Apor altera o artigo 29 da Constituio
 Circula nas redes sociais notícia de que foi aprovada, no município de Aporá, lei municipal que altera o inciso IV do artigo 29 da Constituição Federal! Inclui uma emenda que dá nova redação ao texto. Que maravilha! Vereadores modificando nossa Carta Magna! É desconhecimento de causa ou imbecilidade pura? Afinal, um vereador, quando eleito, deveria, ao menos ser informado da área de jurisdição em que pode atuar. E os de Aporá deram uma clara demonstração que nunca ouviram falar em esferas municipal, estadual e federal e seus campos de abrangência.   Confesso, que como sou da área jurídica, demorei para digerir o fato e até mesmo desconfiei de sua veracidade. Mas ao pesquisar no JUSBRASIL, ainda incrédula, encontrei na página 437 do Caderno I (Caderno Administrativo) do Diário de Justiça da Bahia de 22 de março de 2013, o inquérito civil que a seguir reproduzo:

ORIGEM: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ACAJUTIBA
INQUÉRITO CIVIL Nº 01/2013
Area: Patromônio Público - Moralidade Administrativa - Improbidade
Objeto: Apurar a possível prática de ato de improbidade, perpetrato por todos os então Vereadores e pelo então Prefeito do Município de Aporá, consubstanciado na votação, aprovação e sanção de lei sabidamente inconstitucional, Lei Municipal nº 045/ 2011, a qual alterou, com usurpação de competência constitucional, "a redação do inciso IV do caput do art. 29 da Constituição Federal e do art. 29-A, tratando das disposições relativas à recomposição das Câmaras Municipais" (texto expresso da Lei Municipal nº 045/2011) .Data de Instauração: 21/13/2013
Interessados: Município de Apoá e Câmara de Vereadores de Aporá Promotor de Justiça: Pablo Antonio Cordeiro de Almeida
     O que esses nobres e desinstruídos edis aprovaram? A modificação da composição da câmara municipal...Apenas isso! O Art.29, inciso IV da Constituição Federal reza que:

IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)   (Produção de efeito)  (Vide ADIN 4307)

   E seu item A, o mesmo Art.29 fixa o número máximo de vereadores que a cidade poderia ter, em função do número de habitantes, conforma reproduzido abaixo:

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

  Ao me aprofundar no assunto, encontrei a lei no Portal da Transparência, e, para completar, ainda existem duas leis: a 45 de 2011 no município de Aporá, supra citada, e uma outra.
Portanto, pasmem, aparentemente é real o fato de que uma câmara legislativa aprovou lei municipal para alterar a Constituição Federal!!!! E com que intuito? Modificar para maior o número de vereadores da cidade e conseguir eleger todos os "compadres"...Que barbaridade!
  E sabem o que torna o fato ainda mais grave? É que a tal lei ainda foi sancionada pelo poder executivo municipal (o prefeito, que também ao que parece, não entende que lei municipal não muda a Carta Magna). Ou seja, o prefeito também não tem a mínima noção de até onde vão suas atribuições!

   É por isso que luto por uma reforma das normas eleitorais. Primeiramente o indivíduo deveria ter ficha limpa. Aliás, limpa, não! Limpíssima! Se for réu em processo judicial, já deveria ser impedido de se candidatar, pois a lei pode declará-lo culpado, após a eleição. E aí? Como fica essa situação? Um cara condenado pela Justiça continuaria a ocupar seu cargo no executivo ou legislativo? Difícil, não é?  Depois teria que ser alfabetizado, uma vez que está cheio de prefeitos que só sabem assinar o nome, por aí. E deveria fazer prova de que concluiu, ao menos, o ensino médio. E também acho que antes da posse eles deveriam passar por um curso do TRE, que lhes mostrasse, em rápidas pinceladas, a área de ação de cada um. Assim não teríamos analfabetos políticos alterando a Constituição Federal através de lei municipal. E deixaríamos de ser alvo de sátiras e escárnio da imprensa internacional.
   Pela reforma preemente das normas eleitorais, bem como pela preparação dos vereadores e dos prefeitos eleitos, no interregno pós eleição-posse! Isso é o mínimo que se pode fazer pelo Brasil. Caso contrário, em breve teremos câmaras legislando sobre extradição de estrangeiros, aumento ou diminuição do salário do presidente, artigos do Código Penal que contemplam crimes de assassinato, contrabando, tráfico e outras barbaridades assim...Ou botamos ordem no galinheiro AGORA, ou vai ficar difícil, pois depois que os ovos se quebrarem, fazer uma omelete do tamanho do Brasil será tarefa impossível...