quarta-feira, 19 de outubro de 2022

DEUS FORA DO TEMPO

Pra.Maria Luísa Duarte Simões Credidio 


"Ele nos ama, e pela sua morte na cruz nos livrou dos nossos pecados"

Ap 1.4-6



            O tempo faz parte da nossa vida. Nascemos e vivemos em determinado momento histórico. Tivemos um começo no passado, desfrutamos da vida presente e temos um futuro eterno.

                Deus é diferente. Ele é como um círculo ou um anel. Não teve começo, não tem fim, sempre existiu. Ele sempre foi, sempre é, e sempre será. Isso não significa que esteja distante de nós e que nos trate com desprezo. Pelo contrário: que bom ter um Deus que está fora  do tempo, que  não está condicionado ao relógio. Que consolo nos dá saber que Deus está em outra dimensão do tempo e que nunca fica velho, cansado, desatualizado. Na Bíblia está escrito: "Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que é, que era e que há de vir" Ap 1.8. Em outras palavras, Deus é completo, grande e eterno de A a Z.

                Felizmente, nosso Deus conhece os nossos tempos, as nossas limitações. Ele sabe quando nossas energias se esgotam no final do dia ou de um ano de trabalho. Ele sabe que nosso corpo tem data de vencimento. Ele conhece o nosso futuro e sabe que carregamos uma herança: a dos pecado original. E, como está escrito na Palavra de Deus, "O salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor" Rm 6.23. Por isso o seu filho mudou totalmente o nosso futuro, pois "Ele nos ama, e pela sua morte na cruz nos livrou dos nossos  pecados e fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servirmos ao seu Deus e Pai. A Jesus Cristo sejam dados a glória e o poder para todo o sempre! Amém!" Ap 1.5-6


OREMOS: Senhor, graças te damos pelo que tu és e pelo que tu realizas a nosso favor pelo teu amor. Amém.

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

O ESCONDERIJO DA FELICIDADE 

Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio


"Ó homens , até quando vocês ultrajarão minha honra, amando o nada e buscando a ilusão? Muitos dizem: ' Quem nos fará ver a felicidade?'  Levanta sobre nós, Senhor, a luz da tua face!"

Sl 4.3-7



            Deus criou  homem e a mulher à sua imagem  e semelhança. No entanto, uma antiga lenda diz que os anjos do céu não concordaram com essa ideia de Deus e fizeram algumas propostas de mudanças.

            - Não podem ser criados exatamente como nós- dziam os anjos - não podem ter a mesma força, poder e inteligência. Não convém  arriscar, pois eles ainda deverão passar por teste de santidade na terra. Não sabemos como irão se comportar, por isso é melhor tirar-lhes alguma coisa para torná-los diferentes de nós. Se seguirem os ensinamentos e tiverem um bom comportamento, aí sim, receberão de volta o que lhes foi tirado.

            -Mas, tirar o quê?- se perguntavam Tinha que ser algo representativo e valoroso Começaram então as sugestões Depois de muitas propostas decidiram que o melhor seria tirar-lhes a felicidade, pois essa era a coisa mais valiosa que poderiam possuir. O grande problema, no entanto, era onde esconder a felicidade para que não fosse facilmente encontrada.

            -Vamos escondê-la no alto do Monte Everest, onde só chegam as águias - disse um anjo.

            -Não adianta- respondeu o outro- eles sentirão inveja dos pássaros e tentarão imitá-los.Não descansarão enquanto não estiverem por cima de tudo e de todos, portanto, mais cedo ou mais tarde, conseguirão escalar as montanhas e encontrarão a felicidade.

            - Então vamos escondê-la no fundo do mar, onde só os peixes podem chegar!

            - Nem pensar, como seres inteligentes, logo, logo estarão criando alguma máquina que os fará submergir ao fundo dos oceanos onde, certamente irão encontrá-la.

            - Que sabe se a escondermos num planeta bem distante ou na lua, por exemplo.

            -Também não seria o melhor lugar.  Curiosidade e ambição é o que não vai faltar para esses seres humanos. Portanto, eles não pouparão esforços para quebrar  a barreira do som, construir mísseis e foguetes, gastarão fortunas para conquistar o espaço e, fatalmente, encontrarão na lua ou e qualquer outro planeta, essa tal Felicidade,

           - Depois de muita discussão sem chegarem a nenhuma conclusão, um anjo exclamou:

             -Tive uma ideia sensacional! Já sei onde poderemos esconder  a felicidade! 

É um lugar que eles nunca descobrirão!

            -Onde!!!??? Indagaram todos ao mesmo tempo.

            -Colocaremos a Felicidade dentro deles. Este o melhor lugar para mantê-los distante dela. Com certeza todos irão procurá-la nas grandes fortunas, em luxuosos condomínios, em finas jóias e em automóveis de luxo. Estarão tão preocupados em buscá-la do lado de fora de si mesmos e em locais distantes, que nunca a encontrarão.

            Todos os anjos concordaram com a idéia e assim foi feito: a felicidade ficou escondida.

            Segundo a lenda, de lá para cá, as pessoas passam a vida toda buscando a Felicidade nos mais diversos lugares, longe de si próprios, sem perceber que a trazem consigo.

            Eu então me pergunto: - Diante desta realidade, tão comum em nosso dia-a-dia, será mesmo esta história apenas uma lenda?

            Nunca se esqueçam do Salmo 119 que diz: "Felizes os que caminham na lei do Senhor". É isso que nos traz FELICIDADE!


segunda-feira, 10 de outubro de 2022

UMA HISTÓRIA DE MINHA INFÂNCIA

Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio 

"A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor com que deveis amar-vos uns aos outros. Porque quem ama o próximo cumpriu a Lei. Pois não cometerás adultério, não matarás, não roubarás, não cobiçarás e qualquer outro preceito se resume nesta palavra: Amarás o próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo, pois o amor é o cumprimento da Lei"

Rm 13.8-10



            A carta de Paulo me lembra uma história que ouvia na minha infância. Na hora de nos botar para dormir, a dedicada Zita às vezes nos contava esta história:

            Dizem que num grande navio, viajavam as virtudes, os dons e os sentimentos. Instalados na primeira classe, cercados de toda mordomia, estavam o Orgulho, a Riqueza e a Soberba. Ne terceira classe e até mesmo nos porões, viajavam a Humildade, a Obediência, o Desapego e o Amor. Outras virtudes e dons raríssimos tais como a Resignação, a Aceitação e a Disponibilidade, viajavam clandestinamente ou em troca de seus serviços. Também estavam a bordo a Sabedoria, a Tristeza e a Alegria.

            E a viagem ia muito bem, até que, de repente, o navio bateu numa rocha e começou a afundar. Pressentindo o perigo, o Amor entrava correndo em todos os cantos do navio para avisar os passageiros, um por um...Sem descansar um só segundo, ele ajudou a descer do barco os botes salva-vidas. Estava tão preocupado com o bem estar dos outros, que não reservou sequer um colete salva vidas para si. Nem pensou em sua própria sobrevivência.

            Quando a água invadiu o navio, o Amor agarrou-se ao mastro e começou a gritar por socorro. Já estava quase se afogando, quando viu a Riqueza passando em um barquinho e gritou:

            -Riqueza, me leve com você!

            Ao que ela respondeu:

            -Impossível, meu barco está lotado de ouro, prata e jóias.Não tem lugar para nada. Para você entrar, eu teria que me desfazer de alguma coisa valiosa e não quero isso. - E seguiu seu caminho...

            Em seguida passou a Vaidade e o Amor pediu novamente:

            -Vaidade, por favor, e ajude!

            E ela respondeu:

            -Desculpe, mas você está todo molhado e cheio de graxa, vai sujar o meu lindo barquinho! Fique tranquilo, pois logo deve aparecer alguém, com um barco mais simples e lhe dará carona. - E foi-se embora...

            Mais tarde passou a Tristeza, e o Amor fez uma nova tentativa:

            -Tristeza, posso ir com você?

            -Sinto muito, mas o fato do navio  estar afundando, me deixou tão triste e desolada que prefiro viajar sozinha! - E assim abaixou a cabeça para não ter que olhar o Amor nos olhos e continuou sua viagem, sem se importar com ele.

            Logo passou a Alegria e, mais uma vez o Amor implorou:

            -Alegria, me ajude!

            Mas a Alegria sentindo-se salva, pulava e cantava tão alto, que nem ouviu os gritos do Amor.

            O Amor, desiludido, cansado e desanimado, já estava perdendo as esperanças, quando passou um barco com algumas senhoras dentro e lhe fizeram o convite:

            -Venha rápido para o nosso barco, vamos levá-lo a um lugar seguro.

            Desesperado, o Amor entrou no barco e deixou-se guiar por aquelas senhoras. Calmamente  e com muita habilidade, elas remaram até uma ilha, onde todos os outros haviam se refugiado e lá deixaram o Amor.

            Nessa ilha, o Amor logo encontrou a Sabedoria e perguntou-lhe:

            -Sabedoria, você que tudo sabe, me diga que são aquelas senhoras que me salvaram, enquanto os outros nem se incomodaram comigo?

            -Aquelas são as Boas Ações- respondeu a Sabedoria- somente elas são capazes de salvar e preservar o Amor. Enquanto houverem Boas Ações, o mundo será melhor e o Amor jamais morrerá...


MORAL A HISTÓRIA: 1 Co 13.13:

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.
Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos;
quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.
Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido.
Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor."  AMÉM!