quarta-feira, 8 de abril de 2015

OU ENTÃO SOMOS TODOS LADRÕES

Ou então somos todos ladrões
 
Ao tempo em que Fernando Henrique Cardoso governava, ocorreram casos de dengue nos lugares em que costumam ocorrer. O PT não teve dúvidas em responsabilizar FHC. Também me lembro de que houve um incêndio em alguma floresta. Petistas imputaram culpa ao então presidente.
Acusações assim são “coisas da política’’, a meu ver. Coisas da baixa política, mas que vinham de uma opção de ativismo partidário. FHC era o que houvesse de ruim, o PT seria a salvação da pátria. Seriam extirpados dengues, incêndios e outros males que assolavam o País. Seria extirpada a corrupção, sobretudo.
Agora há dengue, e mais do que sempre houve. Também ocorrem incêndios. Não creio que alguém com a devida sensatez possa culpar a presidenta Dilma por uma coisa ou outra. Como, contudo, a presidenta não está em ativismo partidário, mas governando a República, deveria assumir a responsabilidade por seus atos.
Ao pateticamente culpar FHC pela roubalheira que o PT metodicamente instalou em empresas públicas, Dilma tergiversa. Pode parecer que ela, apenas, procura subterfúgios para fatos dados, constatados, fotografados, gravados, confessados, delatados, denunciados. Mas é mais que isso, é uma agonia de governante.
É um horror passar à História com esses registros. A cúpula do seu partido está na cadeia, a corrupção na Petrobrás é praticada, inclusive, quando uma amiga pessoal sua preside a empresa, dois de seus ex-chefes da Casa Civil estão sob investigação. Suspeita-se de que haja corrupção generalizada em todas as estatais.
Petistas insistem em que hoje se acha corrupção porque se investiga. Eu inverteria: hoje se investiga porque a corrupção grita. Ah, diria um petista: antes também havia. Isso não é um argumento muito honesto, mas, diga-se: havia. Por que os governos petistas, instalados no poder, não investigaram o passado? Era só fazê-lo. Ponto.
Diz-se que um procurador-geral “engavetava”. Pode ser. Tudo pode ser. Mas, impõe-se perguntar: o que exatamente foi arquivado? E por que o procurador seguinte, nomeado por um petista, não abriu o arquivo? Fosse o caso, era só desarquivar. Não cabem alegações não demonstradas, ou então somos todos ladrões.
Não se imagine que laboro em ingenuidade. Não pressuponho pureza em nenhum governo. Agora, em um Estado de Direito, estando no poder, nomeando chefes de Polícia, procuradores-gerais e ministros do Supremo, vir dizer: “no tempo do FHC também havia corrupção”. Assim, sem endereço, nome ou data? Sem fato?
“Que país é esse?”, perguntou um petrolarápio de alto coturno a caminho da cadeia. Ora, é um país em que ladrões se justificam alegando costume de ladroagem. É cínica a alegação. Soa algo como: “sim, nós somos ladrões, mas eles roubavam também”. Um cinismo, aliás, que confessa burrice até pra afanar o erário.
Creio que os petistas têm uma preocupação: o poder; Dilma tem duas e são pessoais. Uma é a posteridade. Se o quadro seguir tão mal quanto está, ela será anotada como uma péssima presidenta. A outra se chama impeachment. Sim, eu sei que Dilma não pode ser investigada. Collor também não podia, e deu no que deu.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

ERAM ASSIM SÃO AQUELES ESTRANHOS MILICOS !

ERAM, ASSIM SÃO AQUELES ESTRANHOS MILICOS !
 
Sou casado com a Isolda Médici Crisostomo, sobrinha e afilhada de batismo do Presidente Médici, tanto que ele 1970 (como Presidente) foi a Bagé para ser nosso padrinho de casamento.
Mas o que gostaria de repassar são duas historias verídicas, para ressaltar o caráter deste Presidente Militar.
Em uma ocasião, durante seu governo, foi construída uma estrada moderna unindo as cidades de Bagé e Livramento. O Presidente Médici tem uma fazendola (digo isto porque ela é realmente pequena), herança de seus avos. Acontece que esta fazendola, quando do projeto inicial, não estava no eixo desta estrada moderna. Médici foi consultado para saber se gostaria, se com um pequeno ajuste, a estrada viesse a passar na fazendola. A reação do Presidente foi imediata; proibiu que se fizesse alteração no projeto com este objetivo.
Em outra ocasião sabedor que haveria um aumento no preço da carne, por repasses de vantagens do Governo, mandou que seu filho Sérgio vendesse uma "ponta" de gado, que já estava pronta, ANTES do aumento, para que não viessem a dizer ele se beneficiou com ao aumento.
O Presidente Médici não morreu pobre, afinal veio da classe média e nela permaneceu. Morreu com o mesmíssimo patrimônio que tinha ao chegar à Presidência. Seus filhos, noras, netos e demais familiares jamais tiraram vantagens econômicas pelo cargo de seu parente ilustre.
Este e outros exemplos nos enchem de orgulho, de ter o PRESIDENTE MEDICI deixado este legado de honra, civismo e respeito ao Povo Brasileiro.
Pouco depois que cheguei a Berlim, o Presidente Geisel visitou a Alemanha. o Prefeito Stobbe subiu a escada do avião e recebeu Geisel no alto da escada e desceu com ele. Eu estava em baixo e havia dias antes feito a visita habitual ao Prefeito. Quando cumprimentei Geisel, o Prefeito disse mais ao menos isso em alemão: "Presidente, o seu Cônsul deve ser muito importante, pois acabou de chegar e já trouxe o Presidente a Berlim" Geisel sorriu.
Uns meses despois a filha Lucy esteve em Berlim num programa cultural.Acompanhei-a durante o dia. Perguntei a ela se o pai falava alemão. Respondeu que não, talvez tivesse uma vaga noção. Explicou que sua mãe falava alemão, mas que o pai de Geisel era muito rigoroso e no tempo da guerra, como era proibido falar alemão, seu avô (o pai de Geisel) fazia questão que se falasse só português em casa e não ensinou alemão aos filhos.
ASSIM SÃO ESSES "ESTRANHOS" "MILICOS"! E falava-se horrores do Andreazza...Que estaria riquíssimo, que teria ganho de presente das empreiteiras, um edifício na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, que não tinha mais onde guardar dinheiro.
Não sei se Amália Lucy Geisel ainda estará viva. Pouco mais velha do que eu, tinha alguns problemas de saúde. Pois bem: ela era Professora do Colégio Pedro II e, mesmo quando o pai era Presidente, ia de casa ao trabalho de ônibus. Cansei de encontrá-la neles, ela e eu a caminho do centro do Rio. Meu pai chamava isso de "os três dês do milico": decência, decoro, discrição". Primeiro, morreu o Cel. Mário Andreazza. Quando Ministro dos Transportes, foi responsável pela construção da ponte Rio-Niterói, obra que teve empréstimo inglês de 2 bilhões dedólares (Sim! Dois bilhões! De dólares!). Por ocasião de sua morte, seus 37 colegas de turma tiveram de fazer uma vaquinha para que o corpo pudesse ser transladado para o Rio Grande do Sul.
Portanto, depois de gerenciar tanta verba pública, bem administrada, diga-se de passagem, morreu pobre. Já em 2003, foi a vez de Dona Lucy Beckman Geisel. Seus últimos anos de vida, viveu de forma pobre e discreta. Morreu em acidente de carro na lagoa Rodrigo de Freitas. Ano passado, foi a vez de dona Dulce Figueiredo, que ficou viúva em1999, do último Presidente militar.
Em 2001, devido a problemas financeiros, teve que organizar um leilão para vender objetos pessoais do marido. Foi a forma que encontrou para sobreviver dignamente.
Faça suas comparações com os políticos de hoje e compare o estilo de vida do penúltimo presidente brasileiro, de sua mulher, que frequentava o mais caro cabeleireiro do Brasil, as mais caras butiques, os mais caros cirurgiões plásticos, gastou os mais altos valores do cartão de crédito, que não precisava prestar contas. Nunca fez um trabalho social pelo Brasil. Só o que fez foi viajar com o marido por todos os lugares do mundo, às expensas do suor dos brasileiros trabalhadores.Seus filhos enriqueceram da noite para o dia.
Isto é que são políticos "populares".
Tirem suas conclusões.

Poema em linha reta

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