segunda-feira, 5 de maio de 2014

Financial Times faz crítica dura contra presidente Dilma

Mais um jornal estrangeiro critica Dilma. E ela se faz de surda...



(Foto: AFP)

O jornal Financial Times pede um "choque de credibilidade" no Brasil. Em editorial publicado nesta segunda-feira, a publicação afirma que se o governo de Dilma Rousseff não mudar de rumo, as eleições presidenciais poderão resultar em uma mudança. Ao comentar rumores que circulam no mercado, o editorial elogia a possibilidade de um Banco Central independente em eventual segundo mandato de Dilma e a chance de indicação de Alexandre Tombini para o lugar de Guido Mantega

O editorial tem um tom duro contra a presidente brasileira. "Pobre Dilma Rousseff", inicia o texto. Para o Financial Times, a presidente do Brasil projetava "uma aura tediosa da eficiência de Angela Merkel", mas resulta em um trabalho mais parecido com o dos comediantes Irmãos Marx. "Os preparativos atrasados para a Copa do Mundo já envergonham o País, enquanto o trabalho para os Jogos Olímpicos de 2016 é classificado como 'o pior' que o Comitê Internacional já viu. A economia também está em queda. O Brasil, uma vez que o queridinho do mercado, vê investidores caindo fora", diz o texto.

"O País precisa de um choque de credibilidade. Se Dilma não entregá-lo, as eleições presidenciais de outubro o farão", diz o texto que cita que o Brasil enfrenta três desafios imediatos: o caso Pasadena da Petrobras, o fornecimento de energia elétrica após a recente seca e a chance de protestos e insucesso da Copa do Mundo.

Apesar do forte tom duro, o jornal dá um voto de confiança à presidente. "Dilma Rousseff é conhecida por falar em vez de ouvir, mas há sinais de que ela mesmo está reconhecendo as críticas", diz o texto. "Fala-se que ela poderia dar independência formal ao BC em um segundo mandato (originalmente, uma ideia de oposição). Ela também pode recrutar o presidente do BC, Alexandre Tombini, para substituir Guido Mantega, o desafortunado ministro da Fazenda. Ambos movimentos seriam bem-vindos", diz o texto.

"Saber se a senhora Rousseff que parece Merkel, mas resulta nos Irmãos Marx é realmente a pessoa certa para colocar o Brasil de volta aos trilhos é outra questão. Afinal de contas, sua primeira administração foi uma decepção. Mas, pelo menos, há sinais de que os mercados do País estão trabalhando como deveriam através da transmissão de uma preocupação generalizada e crescente. Estes estão agora começando a empurrar o debate político em uma direção favorável aos investidores. Isso só pode ser uma coisa boa", diz o texto.
O que a presidanta Dilma não enxerga é a rejeição do povo brasileiro à corrupção descarada e sua total falta de atitudes firmes.

VAIAS PARA DILMA
 
A presidenta Dilma Rousseff foi vaiada em três momentos na abertura oficial da Expozebu, que reúne empresários da agropecuária no Triângulo Mineiro. No evento, ela prometeu que o plano agrícola pecuário 2014-2015 terá mais recursos e mais facilidades na obtenção de crédito. Na versão anterior, a verba para financiamento foi de R$ 136 bilhões. O anúncio não foi suficiente para conter a plateia.

As vaias começaram assim que a presidente recebeu a medalha alusiva aos 80 anos da Expozebu. Voltaram no início e no fim do discurso da presidente. Visivelmente tensa, a presidente não fez nenhum comentário sobre as manifestações. O evento contava com grande número de simpatizantes do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). O parlamentar, também homenageado com a medalha do evento, foi aplaudido pela plateia.

Dilma anunciou que na segunda-feira (hoje) o Diário Oficial da União publicará um decreto do Ministério do Meio Ambiente formalizando a entrada em vigor do Cadastro Ambiental Rural, o CAR, ferramenta de dados para controle de desmatamentos com base em informações das propriedades rurais. O CAR foi criado com o Código Florestal. Ele é um dos requisitos para a obtenção de financiamento público.

A presidente Dilma afirmou que o governo está aberto a sugestões para a elaboração do plano agrícola que deverá ser anunciado ainda este mês. Dilma observou que a meta é manter as diretrizes dos planos anteriores, ampliar recursos e simplificar procedimentos. "Dos R$ 136 bilhões para o crédito em 2013 e 2014, foram contratados R$ 116 bilhões até março. Desse montante, R$ 42,5 bilhões foram destinados ao financiamento da pecuária", afirmou Dilma, que acabou seu discurso em meio a uma grande vaia.
Fonte: Estadão

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