sexta-feira, 23 de setembro de 2022

A VERDADE QUE MUDOU O MUNDO

Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio

"Portanto mande vigiar bem o túmulo até o terceiro dia, para os discípulos dele não poderem roubar o corpo e depois dizerem ao povo que ele foi ressuscitado."

Mt 27.

 

Já há fortes evidências de que a própria ideia do messianato, sob o título de "O Servo Sofredor", nasceu também no mesmo processo de cativeiro e se refere à pequena elite judaica. (RANGEL, 2013). 

De início desejo esclarecer que atualmente são três os lugares em Jerusalém que reivindicam o reconhecimento daquele que seria o local exato do sepultamento de Jesus. O mais antigo e famoso é o que se encontra na intimidade da Igreja do Santo Sepulcro. Este é conhecido como o túmulo católico de Jesus. A localização do Santo Sepulcro se deu sob as ruínas do templo construído em homenagem a Vênus, quando da reconstrução feita em Jerusalém por ordem do imperador Adriano, no século II d.C.

No século IV, ao se converter ao cristianismo, Helena, mãe do imperador Constantino, recebeu indicações de cristãos e judeus que ali seria o lugar da crucificação e ressurreição, encontrando-se também a suposta catacumba cedida por José de Arimateia para o sepultamento de Jesus. A megalomaníaca Helena acabou com qualquer possibilidade de preservação do material arqueológico ao mandar construir, sobre o local, uma colossal igreja, como fez também em outras regiões apontadas como cenários do Cristianismo Primitivo.

Além de uma suposta pedra onde o corpo de Jesus teria sido deitado em outra parte da igreja, há nichos cavados na rocha que foram usados para abrigar sepulcros judaicos que datam do século I d.C, o que, para alguns estudiosos, são boas evidências arqueológicas que podem dar sustentação ao fato de que Jesus foi enterrado ali. Por outro lado a geografia do local não é muito coincidente com a da narrativa encontrada no evangelho atribuído a João. Entretanto a Igreja do Santo Sepulcro recebe milhões de cristãos, incluindo doentes de várias ordens que para lá se dirigem na esperança de serem beneficiados de alguma forma. Este suposto lugar do sepultamento de Jesus foi dividido entre cristãos católicos romanos, sírios, gregos ortodoxos, etíopes e armênios.

Sobre a referida pedra que foi usada para a limpeza e preparação do corpo de Jesus pessoas do mundo inteiro se curvam sobre ela para beijá-la, chorar, fazer orações, e esfregam fotos de pessoas doentes, enfim... Todas querem conseguir algo miraculoso através da fé ou, simplesmente, desejam participar da terrível história da crucificação do Galileu.

O outro lugar, conhecido como a Tumba do Jardim, é considerado como o sepulcro protestante de Jesus. Irônico não? Até depois de morto os cristãos, em nome da fé e da salvação, se dividem na escolha do local de sua morte. Estive também neste agradável lugar e após ter feito algumas entrevistas com administradores que ali trabalham deu para perceber que nem eles estão convictos de que este elevado rochoso teria abrigado o corpo de Jesus. O local é inspirador e o silêncio, ao contrário da perturbação do Santo Sepulcro, motiva ao recolhimento e à oração.

Geograficamente trata-se de uma colina facilmente encontrada a 260m, saindo de Jerusalém pelo portão de Damasco, e está a uma altura de 15m, apresentando buracos nas rochas que trazem características semelhantes as de um crânio. Além disso, apresenta um jardim ao lado dos sepulcros, o que o torna muito parecido com o que é descrito no evangelho de João. O grupo do general britânico Gordon, que descobriu o lugar, chegou à conclusão de que ali era também um local muito usado para apedrejamento pelos judeus.

Posteriormente, em escavações realizadas, encontraram restos de ossos humanos, indicando um possível lugar de crucificação durante o período da dominação na Judeia. A tumba do Jardim, ou colina do Gólgota por ficar fora dos muros de Jerusalém, recebe mais um crédito para ser aceita como o lugar da sepultura, porém os defensores do sepulcro católico alegam que apesar da atual Igreja do Santo Sepulcro situar-se dentro da cidade de Jerusalém, na época em que Jesus morreu aquele sepulcro também ficava fora dos muros da cidade.

O fato de o sepultamento ter sido feito fora dos muros de Jerusalém reflete a tradição judaica que obrigava que aqueles que foram considerados marginais não maculassem o terreno sagrado da cidade. Eis o porquê dos grupos protestantes e católicos defenderem a tese de que ambos os sepulcros estavam fora dos muros da cidade santa.

Em 1980 outra sepultura foi descoberta no bairro de Talpiot, nos arredores de Jerusalém. Em 2006 os primeiros estudos arqueológicos em torno dos dez ossuários encontrados em Talpiot revelaram que eles eram do século I d,C., e as inscrições trazem os nomes de Mariamne Mara, que seria Maria Madalena, Miriam, a possível Maria, mãe de Jesus, Yehoshú'a bar Yussef, reconhecido como Jesus, filho de José, e os nomes de Yehuda bar Yehoshú'a, ou seja, Judas, filho de Jesus e Matya, que foi traduzido como Mateus.

Apesar da empolgação do jornalista judeu Simcha Jacobovici, que exige para si a descoberta do túmulo de Jesus, os arqueólogos e historiadores de Israel não aceitam este sepulcro como sendo os da família de José, principalmente depois dos testes laboratoriais. Outra explicação, segundo eles, é que esses nomes eram comuns em Jerusalém e além do mais a família de Jesus era da Galileia e não há motivos para que suas catacumbas fossem encontradas na Judeia. Vale a pena conferir o documentário A Tumba Perdida de Jesus, lançado em 2007, tendo como produtor o cineasta James Cameron.

Outra sepultura que também requer o direito de abrigar o corpo de Jesus não está situada em Jerusalém, mas encontra-se na Índia, na região da Cashemira. Na cidade de Srinagar há um túmulo que guarda os restos mortais de um homem que veio de uma região distante, morreu em idade avançada, e em vida pregava a existência de um Deus único e era afeito à solidão para meditar e orar. Seu nome Yuz Asaf está escrito em uma placa na intimidade da cripta, e alguns veem certa semelhança na pronúncia com o nome de Yehoshú'a, em hebraico. A tumba de Yuz Asaf é considerada por curiosos, estudiosos, cristãos e até por muçulmanos como sendo a sepultura de um homem santo. Neste caso, acreditam que se trata de Jesus.

Esta teoria baseia-se na especulação que foi feita em torno da morte de Jesus, conforme narra o evangelho atribuído a Marcos. Pilatos teria ficado surpreso quando deram a notícia de que Jesus havia morrido no mesmo dia em que fora crucificado, o que contrariava as mortes por crucificação que, geralmente, levavam dias até o último suspiro do condenado. Segundo esta corrente de pensamento, Jesus teria sido retirado da cruz ainda com vida e os óleos e bálsamos levados pelas mulheres ao túmulo seriam na verdade unguentos cicatrizantes e restauradores.

Em verdade até agora não há provas definitivas acerca do corpo de Jesus. Seu sumiço continua fazendo parte de mais um mistério que envolve a sua história. O que temos são prováveis locais com suas respectivas evidências históricas, e que são relacionadas com as narrativas dos evangelhos. Para os cristãos, ele ascendeu aos céus com corpo e tudo, o que explicaria o desaparecimento de seus restos mortais. É nisso que depositamos nossa fé.                  

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    No sábado após a morte de Jesus, que a Igreja Cristã chama de "Sábado de Aleluia", os líderes dos sacerdotes e fariseus foram até o governador Pilatos. Eles estavam preocupados, pois o Cristo de Deus havia dito que no terceiro dia ressuscitaria dos mortos. É claro que eles não acreditavam nisso, mas temiam que os discípulos roubassem  o corpo de Jesus. O que eles disseram ao governador está registrado no Evangelho de Mateus, capítulo 27, versículo 64: " "Portanto mande vigiar bem o túmulo até o terceiro dia, para os discípulos dele não poderem roubar o corpo e depois dizerem ao povo que ele foi ressuscitado. Pois esta última mentira seria pior do que a primeira."

    Até hoje muitas pessoas não acreditam na ressurreição de Jesus, o Cristo. Alguns acham  que ele não passa de um mito, mas isto não é verdade. De fato, Jesus existiu. Ele foi enviado pelo Pai, com um propósito bem definido. Sua missão era dar a sua vida como pagamento pelos pecados de todas as pessoas. E esta verdade mudou o mundo. Sem Jesus, o Cristo, a humanidade está condenada à morte eterna por causa de seus pecados. A vida e a morte do Cristo mudaram o destino da humanidade. Quem confia em Jesus como seu Salvador tem o perdão de todos os seus pecados e recebe a vida eterna.

    Mesmo sob forte vigilância dos soldados, Jesus ressuscitou ao terceiro dia! Ele não precisou de intervenção humana. De maneira divina ele ressuscitou dos mortos. Isso nos é contado em detalhes no Evangelho de João, capítulo 20, versículo 7, quando ele registra um estado extraordinário de coisas que nos leva a concluir que até nos pequenos detalhes da ressurreição existe algo de milagroso. A impressão que isso produziu na mente de João foi a descrita a seguir: Aí o outro discípulo, que havia chegado primeiro (era João), também entrou no túmulo. Ele viu e creu. Jo 20, 8.

    Mas creu no quê? João viu a disposição dos lençóis e do lenço, e creu que Jesus havia ressuscitado. Essa disposição expressava de tal maneira uma intervenção divina, que João acreditou instantaneamente na ressurreição do Senhor. Ora, se a disposição dos lençóis produziu esse efeito na mente e no coração de João, há de ter sido uma espécie de retrato da ressurreição e nessa luz devemos seguir na interpretação do texto.

    João viu os lençóis ali colocados, precisamente como o corpo havia sido posto. E a faixa não estava misturada com os lençóis, mas estava enrolada ali ao lado, no lugar exato onde a cabeça de Jesus havia repousado. Nenhuma ligadura estava desprendida. Suas posições, imutáveis. Apenas vazios. Tal é o retrato da ressurreição de Jesus. E tal demonstração é milagrosa!

    A sepultura vazia é uma prova da ressurreição de Jesus e a mortalha intacta testemunha que o Cristo saiu ressuscitado da sepultura. Portanto, nossa fé não é vã! Os nossos pecados, verdadeiramente foram perdoados. Cristo vive e, como ele, um dia nós também ressuscitaremos. Pois a todos os seus seguidores, Jesus promete: "E porque eu vivo, vocês também viverão."Jo 14.19. E não é nessa vida terrena que Jesus fala. Jesus fala e promete aquela vida que vem após o "terceiro dia", isto é, a vida na eternidade, no novo céu e na nova terra, na Jerusalém Celestial. Somos, em verdade, cidadãos dos céus que aguardam o retorno do nosso Senhor, o qual transformará o nosso corpo de humilhação para ser igual ao corpo da sua glória. Essa é a esperança deliciosa na qual todo fiel em Jesus, o Cristo de Deus, pode se regozijar. Ele continua vivo e presente em nossas vidas. Não se afaste da verdade. Só nela você encontrará o perdão e a vida eterna.


Oremos: Como é bom, Senhor, confiar em ti e saber que a tua Palavra é a verdade que se cumpre em nossas vidas! Nela eu encontro paz na certeza de que tu me amas a ponto de dar a vida de Jesus, por im. Em seu nome, a verdade que mudou a minha vida. Senhor, obrigado por sua morte e ressurreição, pois com elas, deste-nos a eterna salvação. Obrigado pelo seu sacrifício, Jesus, que rasgou a cortina do santo dos santos permitindo nosso acesso direto ao Pai. Obrigado porque perdoou todos os nossos pecados, omissões e inquidades e com isso mudou a minha vida. Louvado seja! Amém!



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