TAL COMO ESTOU

Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio

"Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: 'Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!'"

Lc 18.13

   As palavras de Jesus  são tiradas da história de um fariseu orgulhoso e de um cobrador de impostos arrependido, que se encontraram no templo para orar. Enquanto o fariseu se declarava isento de pecados e cheio de virtudes e se dizia merecedor de todas as bênçãos de Deus, o cobrador de impostos, detestado por toda a sociedade judaica, e humilhado pelo fariseu, não ousava levantar a cabeça para o céu, mas se limitava a bater no peito, dizendo: "ò Deus, tem pena de mim, pois sou um pecador"!

   Comentando esses diálogos, Jesus ensina que, ao contrário de todos os critérios de julgamentos humanos, o justificado perante Deus não foi o fariseu, que se autoproclamou virtuoso, mas o cobrador de impostos  que se declarou pecador! A questão não era se o fariseu estava mentindo ou dizendo a verdade sobre suas declarações. A questão era que o fariseu pretendia justificar a si mesmo diante de Deus, enquanto o cobrador de impostos depositava toda a sua carga de pecados diante do trono da misericórdia divina. Esta era a diferença entre os dois.

   Esta mesma diferença ainda conta hoje, para nós, na presença de Deus. Por mais verdadeiras e autênticas que sejam nossas virtudes, elas não nos justificam aos olhos de Deus. Por mais humilde e inexpressiva que possa parecer a fé em Cristo, acompanhada de arrependimento, ela tem o poder de nos cobrir com a Justiça de Cristo. Em outras palavras, nós parecemos nus se nos apresentarmos diante de Deus vestidos só com as nossas virtudes. E , ao contrário, estaremos vestidos com o manto branco da Justiça de Cristo se, arrependidos e crentes nele, buscarmos a presença de Deus. É isto o que Jesus ensina na história do fariseu e do cobrador de impostos. Tal como somos e estamos, busquemos o perdão de Cristo com fé e arrependidos, e com certeza, ele nos atenderá.

OREMOS: Senhor, eu não tenho como me justificar diante de ti. Por isso, tem misericórdia de mim! Amém.