sábado, 12 de abril de 2014

QUE PAÍS É ESSE QUE PRIORIZA ESTÁDIOS, EM VEZ DE SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA????

Hoje vamos reproduzir aqui mais uma barbaridade publicada pelo portal G1 do Rio Grande do Sul. Um pai tem seu filho internado lá, onde não existe limpeza "pois a empresa faliu" e faltam remédios, gaze, esparadrapo, cateteres, enfim, aquele mínimo para dar uma atendimento primário àqueles que para lá se dirigem. Que país é esse que gasta bilhões na construção de um estádio no Distrito Federal, onde só há um time da terceira divisão e deixa seus filhos morrerem por falta de insumos corriqueiros ao atendimento de emergência? Que país é esse que constrói um novo porto em Cuba, enquanto o de Santos está sucateado, congestionado (a média para descarregamento de um navio é de 8 dias, enquanto que em Cingapura é de 4 horas!!!), necessitando de obras de adequação e ampliação? Que país é esse que deixa nossa malha ferroviária isolar estados inteiros como o Acre, fazendo com que a população passe por privação de água, alimentos, combustível, remédios, e investe no "pão e circo da Copa para o povo"? É um país sem esperança. Um país no qual, dada a atual administração, não há perspectivas de melhorias a curto e médio prazo. É um país que se esqueceu que a população que nele reside é o que se chama de Nação. Nação brasileira, essa desesperançada e indignada com tantas barbaridades, enquanto a corrupção, tal como um cupim, deteriora toda a estrutura do Poder. Que país é esse? Um país sem qualquer perspectiva de futuro. Um país que ensina a seus filhos que "se dar bem é se envolver em maracutaias e, de um dia para o outro, deixar de ser limpador de bosta de elefante no zoológico de São Paulo e virar um empresário bem sucedido, é o correto". Esse é o país dos petralhas. Um país rumo ao retrocesso, à volta da inflação, da carestia, do desemprego e quiçá, de uma nova revolução.

Homem reclama de falta de estrutura e materiais no Hospital Conceição.
Instituição nega falta de materiais e diz que empresa de limpeza faliu.


A publicação de Alexandre teve forte repercussão na internet. (Foto: Arquivo pessoal)Publicação de Alexandre teve forte repercussão na internet (Foto: Arquivo pessoal)
O desabafo de um pai que internou o filho de 4 anos no Hospital da Criança Conceição, em Porto Alegre, comoveu milhares de pessoas no Facebook nesta semana. O relato do agente comunitário Alexandre Blauth, de 28 anos, e a foto abraçado a seu filho, Gustavo, postados na tarde de quarta-feira (9), foram compartilhados por mais de 6 mil pessoas até a publicação desta reportagem. Blauth denunciou a falta de materiais e sujeira do local.
De acordo com ele, faltavam antibióticos, esparadrapos e a equipe de limpeza não estaria cuidando do lugar. "Infelizmente estou com um sentimento de raiva, quando deveria estar com o de preocupação", desabafa.
O gerente de administração do Hospital Conceição, Alexandre Cunha, negou que materiais e medicamentos estejam faltando. Ele assumiu, entretanto, que existem problemas com o serviço de limpeza. A empresa contratada teria falido, o que ocasionou dificuldades de gestão nos últimos 45 dias. Segundo ele, a instituição está com dificuldades de fazer a troca da empresa, mas uma nova foi contratada. Ela começou a funcionar na sexta-feira (11) e deve atender o Conceição durante os próximos 60 dias, segundo Cunha.
Blauth não esperava que a postagem tivesse tanta repercussão. "Trabalho cerca de 18 horas e não tenho muito tempo de entrar na internet. Quando vi, fiquei muito surpreso pelo interesse das pessoas. Isso mostra que a saúde importa, sim", afirma.
Uma enfermeira disse que, se alguém jogasse um rolo de esparadrapo no corredor, todos começariam a brigar por ele” diz Alexandre Blauth, agente comunitário
A criança apresentou sintomas de diarreia, vômito e febre e foi internada no Hospital da Criança Conceição na terça-feira (8). De acordo com Alexandre, Gustavo foi liberado pelo hospital, na manhã desta sexta-feira (11), por apresentar recuperação e para que não precisasse continuar em contato com bactérias. Ele deverá voltar à instituição na terça-feira (15) para que o caso seja acompanhado por um médico.
Alexandre agradeceu o apoio de técnicos e enfermeiros que estariam ajudando a atender os pacientes da melhor forma possível, mesmo com as condições ruins. "Em um certo momento, uma enfermeira disse que, se alguém jogasse um rolo de esparadrapo no corredor, todos começariam a brigar por ele", conta.

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