terça-feira, 1 de abril de 2014

CHEGA DE BARBARIDADES E INVENCIONICES NO REINO DE DEUS!

  Hoje em dia a Igreja fala muito em quebra de maldição, evangelho da prosperidade, e outras neobesteiras. Há até ministérios específicos para isso, vendendo livrinhos de oração para todas as situações, toalhinhas bentas, vidrinhos de óleo de Jerusalém e tudo o mais que se pensar.
  Infelizmente hoje o evangelho está morto e cheio de dogmas. Certa vez, numa igreja do Jardim da Saúde, que meu marido frequentava, uma presbítera tentou fazer nele uma unção peniana, ao lado de uma pastora e uma diácona, pois o trio afirmava que o pênis dele carregava maldição. Você aceitaria isso?  Ou aceitaria se a igreja quisesse lhe vender uma toalhinha “abençoada” que tira mau-olhado e quebra feitiço? Ou ainda toparia se lhe convidassem para uma regressão intra-uterina profunda que detectasse que você tem maldições que te acompanham desde os tempos primordiais de sua família e que elas precisam ser quebradas, e que somente aquela pastora, a “ungida” de Deus pode fazê-lo? Com certeza qualquer dessas coisas iria trazer estranheza a seu entendimento das escrituras.
   E entrevista com demônios? Há locais, infelizmente chamados de igrejas, que mandam o demônio ficar ajoelhado e com as mãos amarradas e  ficam interrogando o "ilustre visitante". Não existe base bíblica para essas barbaridades! Jesus, só uma vez conversou, quando permitiu que os espíritos imundos entrassem nos porcos – Mateus 8:32 e Marcos 5:8,9. Em Marcos 1:25, Cristo diz apenas – "Cala-te, e sai dele". Em Lucas 9:42 "... Jesus repreendeu o espírito imundo...”. Vejamos ainda em Lucas 10:17 "Senhor, pelo teu nome até os demônios se nos submetem" e em Atos 16:18 "Em nome de Jesus Cristo, ordeno-te que saias dela...".
Antigamente, quando se percebia que alguma manifestação ia acontecer, todos oravam e o dirigente falava simplesmente - sai em nome de Jesus. Muitas vezes havia resistência. Mas a expressão era sempre serena e a mesma. - Sai, sim, em nome de Jesus.
Agora, antes de expulsar um demonio, ficam fazendo entrevista com ele: querem saber o nome, quem mandou, o que ele quer,etc. E o pior de tudo é que depois, chamam o 'liberto" para dar testemunho e contar uma porção de coisas  que o demônio fazia com ele. Gastam o tempo da celebração falando do diabo e não de Jesus!
Assim é grande parte das igrejas brasileiras de hoje, ditas evangélicas. Faz-se qualquer coisa, inventa-se um estratagema qualquer, "milagres" aos borbotões, para não perder a preciosa colaboração financeira dos frequentadores. Lançam o Evangelho ao ridículo, a ponto de eu ouvir de um lider batista muito sério, que uma tenue linha separa os pastores dos bandidos.Verdade, triste verdade!
E sempre aparecem novidades. Quem não se lembra dos dentes de ouro? Todo mundo queria ter um dente de ouro, até mesmo aqueles que usavam dentaduras. Um certo bispo – na época ainda não tinha essa onda de apóstolo nem de patriarca-, disse para um fiel jogar fora a dentadura que Deus iria dar-lhe todos os dentes de ouro, e isso seria uma prova inequívoca de fé. Não é preciso lhes dizer que o homem ficou banguelinha, banguelinha, e precisou fazer dentadura nova, né?
Vejo com muita tristeza, pessoas se vendendo por tão pouco, por uma ilusão, seguindo homens que afirmam sem medo nenhum que o evangelho está morto e cheio de dogmas. Homens que precisam ler mais a Bíblia, pois usam dela apenas o que lhes é conveniente.
 Por causa desse evangelho distorcido, identidades estão sendo perdidas. Há igrejas que por medo de perderem seus crentes para a concorrência, deixaram de lado a pregação do evangelho, para aderirem ao gospel, um neologismo inglesado que nos impuseram e não deve ser chamado de evangelho, pois não esclarece, confunde.
Há até mesmo alguns espertos que registraram o nome gospel como marca!
Hoje troca-se a pureza, a retidão do Evangelho, pelas leis de mercado onde as igrejas são meros negócios travestidos de templos. E nesses negócios, rios de dinheiro correm, a lavagem de dinheiro é feita a rodo, para quem pagar mais, seja o narcotráfico ou o PCC.
O que mais se ouve, nos nossos dias, é o 'adaptar-se', cuja tradução mais correta seria "mudar aquilo que o Evangelho prega, para não perder fiéis". Querem gospel? Tacamos-lhes gospel! Querem bagunça, reggae dentro da igreja! Toleremos, pois afinal é isso que os mantém aqui...Covardes! Ladrões empoleirados em púlpitos! Trocam a bênção da palavra pela inutilidade do movimento gospel e seus tostões!
Infelizmente muitos dos que se acovardaram e permitiram que suas igrejas fossem contaminadas pelos novos modismos  perderam a sua identidade definitivamente.  Charles Spurgeon diz que " A igreja deve atrair pela diferença e não pela igualdade”. Houve um tempo em que os crentes eram diferentes. Hoje a grande maioria optou pela igualdade, pela padronização. Falam "crentês", vestem-se da mesma forma, comportam-se como um batalhão de soldadinhos de chumbo. Tenho uma amiga que os chama de "lobotomizados".
Ouvi outro dia um pastor chamar uma determinada denominação de "quadrilha". Choquei-me. Mas é exatamente o que são! Homens ávidos por dinheiro, cujo negócio é abrir mais e mais igrejas, para aumentar a arrecadação. Jogam na bolsa milhões e milhões. Compram empresas, imóveis, tudo, enfim. Por causa desses homens, nós, os crentes em Cristo somos ridicularizados  com o slogam " templo é dinheiro", usado num programa humorístico. E penso: para todos os que montaram uma "quadrilha" travestida de igreja, templo é mesmo dinheiro. A mídia tem trazido as casas onde moram, os carros blindados com que andam, o luxo em que vivem esses "homens de negócio". Tratam a fé como uma mercadoria a ser vendida de forma fenomenal, para derrota da concorrência. E para derrotar a concorrência, vale inventar qualquer modismo, novidades que vão da unção peniana, ao reggae dançado dentro da igreja, como louvor, ou ao Drive Thru  de Oração. Tratam Deus como um empregado sempre pronto a atender seus pedidos. E também aos pedidos de seus fiéis, desde que intermediados por eles, depois de uma oração e "uma pequena contribuição". E você, meu amigo, além de tudo isso, assiste à guerra pelo espaço nas televisões, onde em vez de pregações, vendem suas mercadorias...Mascates da fé!
Que desperdício! Poderiam estar pregando o Evangelho. Mas não querem. Querem igrejas ricas, para desfrutar dessa riqueza.
Uma pena.
Que Deus tenha misericórdia deles.

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